Escola Gabriel Café terá R$ 2,7 milhões em emenda parlamentar para reforma da estrutura física

 

A Escola Estadual Gabriel Almeida Café, o antigo CCA, localizada no Centro de Macapá, vai receber R$ 2,7 milhões, para custear obras de reforma em sua estrutura física. Os recursos são oriundos de uma emenda parlamentar, disponibilizada pelo senador amapaense Lucas Barreto.

A reforma está prevista para acontecer nos meses de junho e julho de 2023, e será realizada por bloco, para não atrapalhar o andamento das aulas.

A boa notícia foi dada pelo gestor da escola, o professor Rhuam Rosselly Monteiro Marinho, que na década de 90 foi aluno do estabelecimento e há cinco anos atua como diretor da escola. Rhuam Marinho conta com a ajuda do também professor, pedagogo e atual gestor adjunto Natanael Pereira Isacksson, para administrar o colégio, cuja clientela estudantil é de 2.300 alunos, divididos pelos três turnos de aula.


UMA ESCOLA-MODELO

Considerada uma escola-modelo, a Escola Gabriel Café faz jus à fama que ostenta, segundo o seu gestor, o professor Rhuam Marinho.

“Com certeza, absoluta, a Escola Gabriel Café é uma escola-modelo. Como gestor escolar, posso garantir que a escola acompanha o planejamento que a Secretaria de Educação encaminha. E outra razão pela qual a escola é uma instituição modelo é que todos os nossos professores são especialistas, mestres ou doutores. Para se ter uma ideia da qualidade do ensino oferecido, aqui, na Escola Gabriel Café, os nossos alunos obtiveram 980 pontos no ENEM 2021, e agora em 2022 eles alcançaram 960 pontos”, disse o diretor.

Na edição 2022 do ENEM, apenas duas escolas do Amapá conseguiram 980 no exame. Uma delas foi a Gabriel Café. A outra foi uma escola de Santana.


“Então, por aí se observa que a escola é uma referência, também pelos profissionais que tem. Desde os professores até o pessoal de apoio e os demais servidores que atuam na escola”, reitera o gestor.

Para o gestor adjunto, Natanael Isacksson, o fato de a Escola Gabriel Café colocar em prática todas as políticas públicas da educação, com resultados extremamente positivos, confere ao estabelecimento a condição de uma escola-modelo.

“Nosso modelo de educação consegue oferecer o melhor para o aluno. Na gestão pedagógica, a escola sempre busca colocar em prática aquilo que a legislação determina. Com essa organização e planejamento, nós conseguimos, de fato, a melhor a forma de trabalhar com os alunos e com a comunidade escolar. Tanto assim, que temos vários alunos aprovados em Medicina e em outros cursos, nas universidades públicas e particulares. Nós conseguimos entregar uma grande quantidade de alunos, todos os anos, para a sociedade. Sempre temos, em média, 17 turmas de alunos concluintes, e todos os anos vamos ajudando a formar a sociedade amapaense, em função dessa flexibilidade que a escola tem”, avalia Natanael.

Por sua vez, a Secretária da direção, Sula Beatriz Ferreira, a “tia” Sula, como se referem a ela os estudantes, diz: “nunca deixamos os alunos sem uma resposta para as suas demandas. Sejam elas relacionadas ao estudo em si, ou às questões particulares que, às vezes, eles necessitam”, assegura Sula, que está há tantos anos na escola que já é “quase um patrimônio da Gabriel Café”, brincam os estudantes.

MUITO ALÉM DO ENSINO FORMAL

Para além do ensino regular (tradicional), a escola mantém um serviço de atendimento psicológico, que oferta ajuda aos alunos, professores, servidores e até familiares de alunos, caso necessário.

Assim, em parceria com a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), que cede os psicólogos para o projeto, a Escola Gabriel Café tenta resolver os conflitos que surgem nas relações interpessoais dos seus sujeitos e colaboradores, oferecendo-lhes auxílio psicopedagógico.

Outro projeto em parceria com a SEED/AP bastante interessante da escola é direcionado às estudantes, que recebem, mensalmente, absorventes higiênicos para o período menstrual. Isso é possível devido a um projeto da deputada estadual Marília Góes, que beneficia a rede estadual pública de ensino com um cronograma. No caso da Escola Gabriel Café, o desembolso é de aproximadamente R$ 4 mil, e atende toda a clientela de mulheres do estabelecimento.

Vale destacar, ainda, o projeto CENTRAL DO ENEM que a escola mantém, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEED), e que oferta aulas para os alunos candidatos ao ENEM. O curso acontece às quartas-feiras, nos turnos da manhã e da tarde.

Tem ainda o projeto SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA que trata sobre a preservação a vida e construção da inteligência emocional com o objetivo de lembrar sobre a valorização da vida e construção de novos caminhos para a juventude gabrielense.

ESCOLA ADIMPLENTE

Quem vê a escola funcionando a contento, com obras e serviços em dia; planejamento escolar atualizado, dentre outras melhorias, nem imagina o transtorno que a gestão enfrentou, por causa de prestação de contas atrasadas, oriundas de gestões anteriores.

Nos primeiros anos da gestão, Rhuam Marinho e Natanael Isacksson definiram como uma de suas prioridades tirar a escola da inadimplência. A meta foi cumprida!

Hoje, adimplente perante os órgãos estaduais e federais, a escola recebe recursos financeiros que são revertidos em melhorias na estrutura física e à gestão de pessoal.

A Escola Gabriel Café ficou 15 anos inadimplente, antes da gestão de Rhuam e Natanael. Nessa época, a escola recebia apenas os recursos da merenda escolar estadual e para manutenção. “Foi um trabalho árduo, mas tiramos a escola da inadimplência e ela começou a receber recursos federais”, lembra o diretor.

“Nosso objetivo é trabalhar com a comunidade, garantindo os direitos dos nossos alunos”, diz Rhuam Marinho.


Dentre as obras e serviços realizados com recursos obtidos, após a regularização da prestação de contas, os gestores destacam: a reforma e pintura da quadra poliesportiva; a construção de um poço artesiano, que servirá à escola a outros estabelecimentos (caso seja necessário); a construção de um estacionamento exclusivo, para professores e servidores da escola; a construção do bicicletário; recursos para atendimento aos alunos com necessidades especiais (AEE); além de melhorias nas duas salas multimídia.

Com a escola adimplente, a gestão conseguiu instalar e reparar todas as vidraças nas janelas; portão eletrônico para garantir a segurança do patrimônio dos colaboradores, bem como, climatizar o refeitório da escola.

MÚSICA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Na última reunião de pais e mestres, a convite da direção, o cantor Osmar Júnior – cujos filhos são alunos da escola – apresentou o seu projeto “Piratuba nas Escolas”, que consiste em uma mesa-redonda, em que se discute educação ambiental, embalada por música da melhor qualidade, pela voz do próprio artista.

Dessa forma, desde 2021 o projeto é desenvolvido por Osmar Júnior, na EEPGAC. No bate-papo com a comunidade escolar, o cantor-compositor sensibilizou pais e professores sobre a importância da educação ambiental e da defesa do patrimônio ecológico local.


O projeto “Piratuba nas Escolas” foi idealizado e é realizado pelo próprio Osmar Júnior, e se caracteriza por “um papo-show”, como o próprio artista declara, para alunos e professores sobre as reservas ambientais amapaenses.

É uma espécie de “cantoria”, em que Osmar Júnior fala sobre meio ambiente, ciências, geografia, música e arte. “É um conhecimento da nossa riqueza cultural que não pode ser esquecida, tampouco desconhecida por cada um de nós, resgatando a nossa amapalidade”, frisa o artista.

Osmar Júnior percorre instituições de ensino da capital e do interior levando sua boa música, conhecimento e arte. A ação é um descontraído bate-papo entre o artista, os estudantes e os professores.

Nessas visitas às escolas, ele toca suas canções e realiza rodas de conversa sobre as origens no lago Piratuba, que faz parte da Reserva Biológica do Lago Piratuba; uma unidade de conservação, localizada no extremo Leste do Amapá, e que abrange os municípios de Amapá e de Tartarugalzinho. O artista faz uma recapitulação de sua trajetória de vida, mesclada com suas composições.

O objetivo do projeto é mostrar aos alunos a importância da preservação ambiental, da defesa das florestas, dos rios, das populações tradicionais e da biodiversidade.

“Busco explicar aos estudantes a ideologia ambiental pela música. Os temas são abordados de forma dinâmica e divertida. O Amapá é um desafio. Construir a consciência cultural dos alunos é fundamental”, avalia Osmar.

Osmar Júnior é um dos principais representantes da música amapaense. Aluno do saudoso mestre Oscar Santos, o artista é autor das célebres canções “Pedra do Rio”, “Tarumã”, “Igarapé das Mulheres”, “Para Nunca Mais”, dentre outras.

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