'Mais perto do que podemos imaginar', diz ministro Waldez Góes sobre pesquisa de petróleo no AP


 Nesta sexta-feira (14) o seminário 'Prepara Amapá' levou a questão da busca por petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, que fica Margem Equatorial, à Assembleia Legislativa do Amapá (Alap). Na ocasião, a população, autoridades e representantes das entidades que serão afetadas pela pesquisa, discutiram o assunto e se posicionaram a favor.

O Ministro da Integração e Desenvolvimento Regional Waldez Góes, representando o governo federal, contou ao g1 que o evento é uma oportunidade de socializar informações sobre a temática.

"Está mais perto do que nós podemos imaginar esta realidade [...] Então é preparar os empreendedores para participarem do processo de prospecção, as oportunidades que vão surgindo também durante a exploração, a comunidade local, as autoridades locais. É decisivo, porque só preparando as pessoas é que nós teremos a oportunidade de todos participarem e esse processo se divide em etapas", contou.

As etapas consistem na pesquisa e encerramento da prospecção. Após isso, se inicia o processo de exploração, que segundo o ministro, gera oportunidades. Com os recursos arrecadados, deve-se iniciar um investimento no estado.

"A prioridade é a infraestrutura sustentável, é a floresta nas suas vocações, é o agronegócio, é a pesca e a aquicultura. Então esses debates precisam também acompanhar essa reflexão de você conseguir não só explorar uma base importante para fazer a transição energética e garantir a continuidade soberana do Brasil no seu crescimento, mas para fazer investimento também em cadeias renováveis que possa garantir sustentabilidade para o Amapá e para a Amazônia", finalizou.

O Deputado Inácio Maciel, que levou o seminário 'Prepara Amapá' para a ALAP, disse ao g1 que antes do estado receber uma preparação para a pesquisa, ainda há a questão da liberação que deve ser concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

"A gente tem preocupação e a urgência de conseguir que o Ibama libere a licença que a Petrobrás precisa para que inicie as pesquisas e posterior prospecção e exploração do petróleo aqui na margem equatorial, muito especialmente aqui na costa do estado do Amapá", contou.

Na última terça-feira (11), o Ibama emitiu um parecer técnico que aprova o plano da Petrobras para limpeza da sonda para perfuração, mas esclareceu que a liberação não garante a licença para realização de pesquisas.

Maciel destacou ainda a finalidade principal das palestras e discussão promovida no local. Segundo o deputado, a pesquisa vai gerar grandes oportunidades, mas para isso, a população precisa estar apta e possuir mecanismos que possam ser utilizados pelo estado.

"Deixar as estruturas das políticas públicas aptas a receber o quantitativo populacional que vai migrar naturalmente aqui pro estado [...] A classe política também tem que preparar as legislações necessárias para resguardar os direitos que a população local precisa ter resguardado [...] fazer com que a população esteja pronta para aproveitar as oportunidades que virão com a indústria do petróleo, com toda a cadeia produtiva que gira no entorno dela. Uma geração de emprego e renda nunca experimentada no Estado Amapá", finalizou o deputado.

A diretora de articulação dos povos galibi-marworno, Eclenilda Marcial da Silva, disse que a causa possui o apoio dos povos indígenas, que também acreditam que a exploração vai gerar riquezas para o estado.

"Nós, povos indígenas galibi-marworno não somos contra esse grande empreendimento, nós queremos ser consultados, nós queremos ser ouvidos, somos a favor sim do desenvolvimento do nosso estado, queremos o melhor pro nosso povo e queremos esses painéis sendo apresentados na aldeia", disse.

Fonte: Isadora Pereira/G1-AP. Imagem: Divulgação/Isadora Pereira.

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