Advogado sai em defesa da Unifap e da Fatech, e rebate suposto esquema de fraude nas duas instituições
O advogado e professor do curso
de Direito da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Besaliel Rodrigues, que
também é o Corregedor Geral da instituição, rebateu a nota expedida pela
Polícia Federal nesta sexta-feira, 10, segundo a qual haveria um suposto
esquema de irregularidades na validação de diplomas emitidos pela Faculdade de
Teologia e Ciências Humanas (Fatech), que são validados pela Unifap.
Besaliel falou com a reportagem e
também usou suas redes sociais para sair publicamente em defesa das duas
instituições.
“Li a nota da Polícia Federal e fiquei me perguntando: será que a referida nota é verdadeira? Não é
fake? A PF pode emitir esse
tipo de nota?”, questiona o advogado.
Besaliel Rodrigues questiona
também o objetivo da nota, já que um
Inquérito da própria Polícia Federal vai instruir e investigar o assunto.
“Não sou advogado da Unifap, nem da Fatech, mas essa nota não estaria atentando
contra a reputação moral das citadas instituições?”, pergunta.
A referida nota diz: “PF cumpre mandados buscando desarticular
esquema criminoso dentro da UNIFAP”. Para o advogado, a afirmação da PF é
genérica. “Não sou jornalista, mas poderiam, pelo menos ter anunciado que a ‘PF
investiga supostas irregularidades no setor de emissão de diplomas da Unifap’. É
uma sugestão avulsa e mais responsável”, observa o professor.
ASSASSINATO DE REPUTAÇÃO
Para Besaliel, a frase “... desarticular esquema
criminoso dentro da Unifap” generaliza o assunto. “Isso torna toda a
instituição suspeita de ser um covil de bandidos. Essa expressão não seria
criminosa e não desmoraliza a Unifap e a Fatech diante da sociedade?”, adverte.
“E se não for verdade, quem vai reparar esse dano - ’pagar’ individualmente?”,
frisa.
Rodrigues também avalia a quem interessa esse tipo de nota. “O setor
de Comunicação Social da PF trabalha assim? ‘Assassinando’ reputações das
pessoas inconstitucionalmente, ignorando que está garantido no art. 5º, XLV e
LVII, da Constituição Federal, o direito da presunção de inocência?”, questiona
o advogado.
O Corregedor Geral da Unifap disse que foi informado de que a
Procuradoria Jurídica da instituição já foi orientada a ingressar com uma Ação
de Justificativa, na Justiça Federal, contra a Polícia Federal. A Fatech deve
seguir o mesmo caminho através de sua Assessoria Jurídica.
“Isso é bom, pois teremos um magistrado federal analisando se houve exageros
no conteúdo da malfadada nota da PF”, disse o corregedor.
“Como notícia ruim corre rápido, as primeiras repercussões negativas da
referida nota já começaram a circular em todo o Brasil”, comentou o professor.
Para ilustrar o que disse sobre o “assassinato” de reputação da Unifap,
Besaliel lembra que “um dia desses vi gente utilizando outdoor para difamar a universidade.
Nós todos, da Unifap, temos uma história de vida profissional dentro da
instituição, além de familiares e amigos em geral. Mesmo que, de forma isolada,
existam alguns ligados à universidade que não querem andar na linha, esses
devem ser responsabilizados especificamente, sem generalizações, e dentro do
devido processo legal, respeitando-se as pessoas de bem que andam direito,
dando exemplo de profissionalismo e de vida naquela distinta Instituição”,
arrematou.
Fonte: Da Redação. Imagem:
Divulgação/Internet.
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